Quando iniciei este blog, a proposta era acompanhar o progresso de minha pequena horta. Um projeto que abracei de coração. Contei com a colaboração de amigos muito queridos que me enviaram sementes, além do incentivo, tão precioso. Não que tenha sido de propósito, mas a proposta inicial não foi seguida a risca, bem por que meus interesses não se resumem a só plantar e cultivar vegetais, mas também família, amigos, comidinhas gostosas e outras coisinhas que eu gosto de fazer. Não digo que é tudo perfeito, mas minhas plantinhas me dão um prazer enorme. Hoje fiz o que chamo de minha primeira colheita de verdade, Folhas de couve que estão estalando de tão fresquinhas. E muito em breve estarei colhendo tomates. Mas desde o primeiro mês que não tem faltado ervas frescas. Vou relacionar as espécies que possuo e falar um pouquinho sobre minhas experiências com cada uma delas.
1- COUVE
Olha só minha colheita, hoje no almoço vou fazer couve refogada, bem mineirinha.
A couve-galega, couve portuguesa, penca, couve-ratinha, berça, verça ou couve-de-folhas é uma variedade de couve (Brassica oleracea, grupo Acephala), de caule razoavelmente alto e folhas largas, usada na confecção da sopa conhecida como caldo verde, típica de Portugal, bem como nos típicos "caldos de Berças". A couve é um importante aliado na luta contra a anemia. Essa plantinha tão conhecida da gente é um bem muito precioso. Como o material que pesquisei é extenso vou fazer um especial só com nossa amiga dona couve.
Estes, são os pés de couve após a colheita, são 3 e estão indo muito bem, a um mês atrás deu pulgão, procurei um inseticida natural e consegui pela internet uma receitinha que resolveu o problema de vez, tiro e queda.
Inseticida natural
1 saquinho de fumo picado (usei o Trevo)
1 barra de sabão de glicerina
2 litros de água.
Modo de preparo:
1- Coloque o fumo na água e leve ao fogo, deixe ferver, desligue o fogo e deixe em infusão até que esfrie. Quando esfriar, coe a mistura, pegue a barra de sabão e agite dentro desta água até que espume bem, coe novamente para retirar algum pedacinho de sabão, coloque em um pulverizador manual (bombinha).
2- Para utilizar, basta pulverizar sobre as folhas infestadas, de preferência a tarde, para que o sol não queime as folhas. Faz um mês que fiz a primeira aplicação e até hoje os pulgões não voltaram. Fui aconselhada a fazer a aplicação com intervalos de 1 semana em caso de infestação persistente, como uma aplicação foi o suficiente, vou estender o prazo para um mês, apenas para manutenção.
2- TOMATE E ARRUDA
Tenho duas variedades de tomate, o Paulistinha. Este aqui já está com flores e ele nasceu sozinho na jardineira de cebolinhas.
Aqui você vê a mesma variedade em outro recipiente, um galão de 20l com 5 exemplares, meu marido me disse que eles estão muito apertado, mas como estão se desenvolvendo bem, resolvi deixar todos, não deixo faltar nutrientes, colocando composto orgânico no pé todo mês. Hoje a tarde colocarei estacas em todos, pois já estão muito altos. Na mesma foto você observa a arruda que está linda e todos os dias quando vou regar as plantas ela exala seu aroma peculiar que se espalha pela casa toda, uma delícia.
Arruda (Ruta graveolens) –
Erva do arrependimento; foi presenteada a Ulisses por Mercúrio como antídoto para a poção e os encantos de Circe.
Entre os séculos XV e XVIII, os ingleses acreditavam que ela evitava os efeitos de peste.
Também durante séculos se fez um colírio de suas folhas, de tom azul-esverdeado e cheiro desagradável, a exemplo de suas flores, miúdas e amareladas.
No Brasil,a superstição atribui-lhe poderes ocultos, capazes de fazer a felicidade de seus cultivadores,conta o botânico G. L. Cruz, que recomenda cautela em sua utilização.
Apesar de não dar chá aromático, a arruda é boa para o estômago e ajuda no tratamento de reumatismo, nevralgia, gases intestinais, incontinência noturna e até verminose.
De outra família, mas também medicinal, é a arruda do campo, que tem qualidades distintas: ajuda a normalizar as regras e estimula as funções uterinas.
O livro do chá, Francis Rhomer – Editora Equatoriana, 2002.
3- ARNICA
Aqui junto aos tomates, você vê a arnica. Essa dai é igual a arruda, não dá um pingo de trabalho, sempre linda e exuberante, logo logo vai soltar os botões e florecer.
Nome popular ARNICA-BRASILEIRA
Nome científico Solidago microglossa DC.
Fotos ampliadas 1
Família Compostas
Sinonímia popular Arnica, arnica brasileira, espiga de ouro
Sinonímia científica Solidago polyglossa DC, Solidago chilens
Parte usada Folha, partes aéreas floridas e sumidades floridas
Propriedades terapêuticas Estomáquica, adstringente, cicatrizante e vulnerária.
Princípios ativos Partes aéreas: quercitrina, um flavonóide glicosídico, taninos, saponinas, resinas, óleo essencial. Raízes: diterpenos inulina e rutina, ácido quínico, ramnosídeos, ácido caféico, clorogênico, hidrocinâmico e seus derivados
Indicações terapêuticas Ferimentos, escoriações, traumatismos, contusões
Informações complementares
Outros sinônimos científicos
Solidago marginella DC
Solidago odora Hook et Arn, Solidago vulneraria Mart.
Outros nomes populares
Arnica do campo, arnica silvestre, erva de lagarto, erva lanceta, lanceta, macela miúda, marcela miúda, rabo de rojão, sapé macho.
Origem
Parte meridional da América do Sul.
Uso medicinal
Apesar de não terem sido ainda comprovadas cientificamente a eficácia e a segurança no emprego desta planta, sua utilização vem sendo feita com base na tradição popular de uma maneira crescente. É empregado externamente no tratamento de ferimentos, escoriações, traumatismos e contusões em substituição a Arnica Montana L.
Dosagem indicada
Tratamento de traumatismos e contusões. Aplicação direta sobre a área afetada com auxílio de um pedaço de algodão ou compressas embebidos na tintura ou maceração em álcool de suas folhas e rizomas.
Contra-indicações
Por ser considerada tóxica, seu uso interno só deve ser feito com estrita indicação e acompanhamento médico.
Bibliografia
Plantas medicinais no Brasil. Harri Lorenzi & F. J. Abreu Matos
Farmacognosia. Fernando de Oliveira, Gokithi Akisue, Maria Kubota Akisue
Farmacopéia Brasileira. Primeira edição.
Plantas medicinais brasileiras. Evaldo Rodrigues de Almeida.
Um comentário:
Marcicas Eu adoro couve. Nossa e do jeitinho mineiro ah...ninguém merece e eu com vontade de comer couve hora dessa passando de 12hs por tua causa rsrsrs Amiga eu já plantei couve e não tive muitos problemas pq mal a bichinha crescia eu já ia lá tirar e comer! Hummm com um alhinho refogadao no azeite eita.... Mas, o tomate dá uma lagarta no olho que é terrível! Antes do pobrezinho vingar a lagarta já tá lá dentro para apodrece-lo e se usa muito agrotóxico para controlar essa praga. Gosto das soluções caseiras que vc apresentou. Seu blog tá muito bacana amiga! Beijos
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